SOBRE AS ELEIÇÕES (PARTE 3 - FINAL)

SOBRE AS ELEIÇÕES (PARTE III - FINAL)

O candidato eleito definitivamente no dia 28/10/2018 merecerá e obterá as felicitações do Brasil e do povo brasileiro. Isso se espera de uma comunidade política juridicamente civilizada. Isso deverá ser feito por todos. Espera-se, que após os resultados finais, seja finalmente reinaugurada a esperança nacional, cujo primeiro gesto para tal virá do telefonema daquele que não for eleito.

Tendo sido concluída uma disputa eleitoral e não uma guerra, hora de encarcerar paixões que foram sustentadas pelas ideologias, interpretações de realidade e desenhos de possíveis soluções. Será a hora de dar o passo à razão e todos pensarmos na pátria e o que cada um deve lhe oferecer, sendo guia primário de ação o respeito ao outro, às diferenças de posições ideológicas e à maneira de visualizar o avanço futuro. Todos terão que submeter-se à Constituição Federal, a ordem democrática e a civilidade que ela institucionalizou.

Quem autoriza o ataque ao outro e o desprezo ao legítimo direito de discordar? Ninguém e nada. A Democracia representa diversidade ideológica e moral, contidas com regras que fazem prevalecer o bem comum, a utilidade pública e o direito à liberdade de pensamento, credo e opinião.

Ganhará a eleição quem levar a maioria dos votos e terá que ser respeitado e entendido como legítimo, e  o vencedor, por isso, consciente dessa situação deverá propiciar o diálogo e o entendimento com todos.

O excludente fascismo, comunismo, extremismo, fundamentalismo, separatismo, a farsa, a mentira e o racismo não tem aqui espaço porque são contrários e atacam à Constituição e a ordem plural que ela estabeleceu.

O país precisa andar para frente, ao progresso, à busca dos melhores sonhos que sonhados para todos devem ser preservados para os nossos descendentes.

O direito de dividir, paralizar e fazer retroceder o país não será concedido ao vencedor, seja ele quem for, como tampouco terá autorização para perseguir, discriminar ou excluir a outrem.

Acabadas as eleições e o clima tenso que ela produz (que é normal) deve entrar-se-á na fase da reconstrução discursiva, a paz e a harmonia. À vanguarda desse processo evolutivo deverá estar o próximo presidente eleito, que com sua autoridade institucional e a legitimidade obtida da vitória eleitoral deverá conduzir o Estado, o Governo, a Administração Pública e as Forças Armadas para dar ao país a seguridade, o bem-estar e a respeitabilidade que o povo merece, além de assegurar a cada ser humano o direito à procura da própria felicidade.

Contudo, são as instituições democráticas da República que deverão garantir o sucesso desse processo, seguindo a máxima que a Democracia não é o governo de pessoas, senão do Direito e das leis. O povo deverá estar sempre atento para impedir desvios, excessos, abusos de poder,  atos de corrupção ou quaisquer outras formas atentatórias à Democracia, à Constituição e aos direitos, liberdades e atributos existenciais de todos os seres humanos. Nenhuma vitória eleitoral, independentemente do número de apoio, livra o vencedor de se submeter às regras democráticas.

A democracia é a forma de vida escolhida e a melhor forma de governo, porque vem institucionalizada com os meios, mecanismos e instrumentos de correção acionáveis frente a desvios e tentativas de a destruir.

Deve-se votar, e logo esperar os resultados. Isso corresponde a todos os indivíduos. Às forças de segurança pública e às de segurança nacional corresponde zelar para que a ordem, as instituições e a democracia sejam preservadas e prevaleçam.

Isso se espera que aconteça em um povo civilizado. E é o que deve o Brasil ter por merecimento natural.

Prof. Dr. Angel Rafael Mariño Castellanos.

odireitoeoestado.blogspot.com

Comentários

  1. Rodrigo Félix da Silva6 de novembro de 2018 às 02:12

    Ponto de vista ótimo professor e que o futuro Presidente nos tire dessa crise que está passando o Brasil.

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